A Guerra do Afeganistão ou invasão soviética do Afeganistão foi um conflito armado de nove anos entre tropas soviéticas, que apoiavam o governo marxista do Afeganistão, e insurgentes mujahidin afegãos, que procuravam derrubar o regime comunista no país. No contexto da Guerra Fria, a União Soviética apoiou o governo, enquanto que os rebeldes receberam apoio dos Estados Unidos, do Paquistão e de outros países muçulmanos. O conflito coincidiu no tempo com a Revolução Iraniana (1979) e a Guerra Irã-Iraque.
As primeiras tropas soviéticas a entrar no Afeganistão chegaram em 25 de dezembro de 1979. A retirada final começou em 15 de maio de 1988 e foi concluída em 15 de fevereiro de 1989. Devido ao alto custo e ao resultado malogrado para aquela superpotência da Guerra Fria, a intervenção soviética no Afeganistão costuma ser comparada ao que foi, para os EUA, a Guerra do Vietnã. Alguns estudiosos pensam que o custo econômico e militar da guerra contribuiu consideravelmente para o colapso da União Soviética em 1991[1].
Este conflito é um capítulo da longa guerra civil afegã, que começou em 1978 e perdura até hoje.
Índice [esconder]
1 Antecedentes
1.1 A República Democrática do Afeganistão
1.2 O envolvimento soviético
2 A intervenção soviética
3 Forças envolvidas
4 Principal batalha
5 Atuação
6 Resultado final
7 Notas
[editar] Antecedentes
A região hoje chamada Afeganistão é um país predominantemente muçulmano desde 82. As montanhas quase inacessíveis e o terreno desértico da área refletem-se numa população de etnias e línguas diversificadas. O maior grupo étnico é o dos pachtuns, aos quais se acrescentam os tadjiques, os hazaras, os aimak, os uzbeques, os turcomenos e outros menores.
A Rússia tem uma longa história de envolvimento militar no Afeganistão, que remonta às expansões tsaristas do chamado "Grande Jogo" entre os russos e o Reino Unido, a partir do século XIX. O interesse russo na área continuou durante o regime soviético, que aplicou grandes somas em ajuda econômica e militar entre 1955 e 1978[2].
Em fevereiro de 1979, a Revolução Islâmica logrou expulsar o xá do Irã, vizinho do Afeganistão. Em março daquele ano, Israel e Egito assinaram um acordo de paz, com o apoio dos EUA. O governo soviético via aqueles dois países do Oriente Médio como "gendarmes do Pentágono". Na época, os EUA venderam mais de cinco mil mísseis à Arábia Saudita e forneciam armas à resistência iemenita contra facções comunistas. As relações da URSS com o Iraque, outro país do Oriente Médio, esfriaram, e o governo iraquiano começou a dar preferência a armas francesas e italianas em vez de soviéticas.
terça-feira, 26 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
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